17 de agosto de 2015

A grande diferença, Por Silvinho Fernandes

Na parábola dos talentos, Jesus nos mostra a diferença gritante entre alguns que sabem viver, sabem seu lugar, enxergam a vida de forma mais simples e a vivem intensamente e outros que carregam pesos, mágoas, rejeições e complicam sua existência pois enxergam as coisas de forma errada.




Se pensarmos na parábola, podemos verificar nessa icônica história, que Jesus nos ensina que é preciso multiplicar os talentos que recebemos.
Faz-se necessário colocar a palavra multiplicação em seu devido lugar para não corrermos o risco de pensar em multiplicação como um fim. Multiplicar por multiplicar não significa muita coisa. Não deve ser o objetivo principal da vida. Lembre-se que o sábio Salomão disse em Eclesiastes 2:11 “Mas, quando pensei em todas as coisas que havia feito e no trabalho que tinha tido para conseguir fazê-las, compreendi que tudo aquilo era ilusão, não tinha nenhum proveito. Era como se eu estivesse correndo atrás do vento.” Definitivamente precisamos entender que multiplicar é encontrar o meu verdadeiro lugar na vida. É desenvolver meus talentos, é viver de forma produtiva.
Cada servo citado na parábola, recebe uma quantidade de talentos. Um recebe cinco, outro dois e outro um. Para muitos, já está evidente uma grande diferença no tratamento do Senhor para com seus servos, mas lembre-se que todos receberam o quanto lhe era possível. E a vida é assim. Uns recebem mais, outros menos, mas o fato do Senhor cobrar a todos, deixa tudo igual. E pode saber de uma coisa, todos recebem talentos. Todos recebem coisas da vida, todos recebem dons, dádivas, bens, valores. Venha de onde vier, tenha nascido onde for, o homem, que sempre está sob a graça de Deus, sempre recebe talentos.
A diferença está em como tratamos o que recebemos e em como enxergamos o Senhor que nos dá esses talentos.
Na vida dos servos que multiplicaram seus talentos, encontramos a gratidão de terem recebido, a responsabilidade de fazerem algo com o que receberam, a disposição de trabalhar com o que receberam e alegria de apresentarem ao Senhor o que haviam multiplicado. Sendo essa, talvez, sua maior recompensa.
Na vida daquele que não fez nada, observamos o medo que tinha do Senhor, a ingratidão por ter recebido menos que o outros servos, talvez um desejo de se vingar, produzindo nada com o pouco que recebeu. A esse, foi aplicada uma lei da vida. Aquele que tem pouco, até o que tem lhe será tirado. Algo com o que nos deparamos no dia a dia.
Assim, fico pensando se estou cuidando dos talentos que o Senhor me deu. Mais do dado a alguns e menos do que dado a outros, mas me foram dados e se quero ser feliz, preciso aprender a multiplicá-los.

Silvinho Fernandes é músico e escreve toda semana no Blog
www.silvinhoguitar.com

Um comentário:

  1. Nós seremos eternamente alheios aos planos de Deus enquanto não compreendermos o real sentido da vida.

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