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O sonho de ser piloto hoje inspira muitos - Reprodução Rede Social |
"A matéria do sepultamento do jovem piloto Marlon Gite Viana, 17, é a segunda mais lida da história do Blog. De acordo com os dados do site, foram 15.547 pessoas lendo a reportagem, ou seja, se tornou a segunda, só perdendo para uma matéria exclusiva de um morador de Goiânia que repassou imagens do acidentes (imagens normais e não dos corpos), foram 31.870 visualizações e a terceira é justamente um texto repudiando as fotos do Cristiano Araújo divulgada por WhathsApp por dois funcionários de uma funerária local.
Para o leitor ter ideia, anteontem, 3, o Blog teve quase sete mil visualizações e nesta quarta os números chegaram a 17.952, ou seja, totalmente ligado a matéria do jovem aprazivelense.
A reportagem também repercutiu nas redes sociais, foram vários compartilhamentos da matéria e muitos comentários lamentando o acidente ou recados de amizade e carinho para Marlon.
Avaliação
Com todos esses números a reportagem só pode avaliar que Marlon era um adolescente muito querido pelas pessoas e respeitado pela comunidade, pois a reportagem não é polêmica e muito menos sensacionalista. Lamentamos os pré-julgamentos da grande mídia sobre o rapaz ter ou não autorização para voar e transportar pessoas, se o equipamento era regulamentado ou não, e principalmente se os pais tinham conhecimento do uso constante do ultra-leve.
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Dados do site apontam reportagem como a segunda mais lida |
Primeiro precisamos avaliar como seres humanos, se de fato tudo isso for verdade, os pais já sofreram a maior condenação de suas vidas, afinal eles perderam um filho. Pela lei não existe punição maior. Sendo assim, emitir qualquer opinião ou julgamento beira a covardia e a falta de respeito com os pais e dos dois irmãos. O rapaz pode ter errado, assim como eu erro quando não uso o cinto de segurança, quando não devolvo o troco a mais ou quando tenho a oportunidade de fazer o correto e não o faço para ter algum benefício.
Em segundo lugar a própria legislação já tem jurisprudência que trata deste tipo de assunto, por exemplo, um filho que se mata com um tiro e a arma estava na casa (falo de conhecimento de causa) e os pais, evidentemente serão investigados para apurar de quem é a arma, se eles sabiam, etc e etc. No final das investigações se confirma que os pais tinham conhecimento da arma e a tragédia aconteceu, a justiça inocenta os pais, pois a maior condenação eles já receberam, ou seja, a morte do filho. Sendo assim, isso pode acontecer neste caso.
Não condeno a imprensa por aquilo que foi publicado, mas repúdio veementemente matérias como do Balanço Geral da Record de Rio Preto, são mais de duas horas de um jornalismo lixo e apelativo com o único objetivo de ocupar o jornal com mesmo nome da praça de São Paulo. Basta ver o resto dos jornais da rede, se é que podem ser chamados assim. Um acidente de ônibus que acaba de acontecer é regra ficar minutos e minutos no ar, apenas para tentar levantar a audiência.
O Blog esteve no velório do jovem aviador, tentamos falar com os familiares e dispensamos os amigos, pois usamos o material que já estava no site do rapaz, mas entrevistar pessoas que nem conheciam o garoto, uma música de emoção de fundo e umas lágrimas forjadas apenas para causar comoção é o que faz as pessoas sérias terem mais aversão por nós profissionais.
É triste, porque esse filhos do Bispo Macedo, dificilmente vão voltar para fazer outras matérias na cidade e quem acaba pagando o preço somos nós, os pequenos que tentam apenas fazer um jornalismo humano e valorizando as pessoas e não a audiência.
Aviador
Mais do que errado ou certo, afinal todos erramos, precisamos ver que este adolescente tinha algo especial e mesmo 'desaparecido' e enterrado mobilizou muitas pessoas para conhecer o pequeno aviador que sonhava ser piloto.
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O Blog com exclusividade encontrou a última postagem pública |
Infelizmente, por falta de respeito de alguns profissionais, as 15.547 pessoas que leram nossa reportagem não puderam conhecer um pouco mais do menino sonhador, o rapaz que deixou de morar numa casa nova para estar na casa modesta dos avós, o menino que desde criança atendia na loja dos pais e sempre, atrás do balcão com baixa estatura respondia se o pai estava ou não no comércio, o menino que não era apressado e sempre tinha muita calma, as vezes provocando a ira de alguns por uma agilidade maior, o menino que estava todo final de semana. Por causa de pessoas que não respeitam a profissão os colegas, pois amigos de verdade sabem dessas coisas, não puderam saber o versículo preferido, a música mais cantada da Harpa, o projeto de se casar ou tocar algum instrumento.
Sobre as fotos que vazaram nas redes sociais não vamos nem comentar.
Queremos apenas finalizar e dizer que hoje o menino que sonha ser piloto esta mais leve, esta mais seguro e com sua breve história de vida nos provou que é possível ser diferente, e para surpresa de muitos Marlon não falou como ser diferente, ele viveu diferente e é justamente isso que faz até as pessoas que não conheciam lamentar seu 'desaparecimento'.
Obrigado!"
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