11 de maio de 2015

Obrigado a todas as mães que tive na minha vida

 Quero pedir duas desculpas, a primeira é por prestar minha Homenagem do Dia das Mães tão tarde, mas as dores estavam tão intensas que só agora estou conseguindo pensar melhor, e a segunda é por falar de algo pessoal....
Creio que a maioria dos meus amigos e colegas sabem que perdi minha mãe quando tinha 17 anos, e infelizmente não deu para aproveitar muito, na minha opinião mães deveriam vir com selo de duração eterna. kkkkkk
Mesmo assim tenho boas recordações da dona Diva da Conceição Julião, sempre se mostrou uma guerreira, mesmo perdendo dois filhos de uma forma tão trágica jamais abriu abriu mão de mim e da minha irmã, Janaína Lucia Julião, sempre me lembro dos momentos de pobreza que passamos, algumas vezes pegava ela chorando na Rua Anunciata Costa Beneti, nº 10, jardim Centenário, porque só tinha arroz e feijão...
Viemos para Tanabi em 1990, fomos morar na casa da tia Madalena (mesma rua da Cohab 1) de favor e um dia conseguimos alugar a casa da Maria, a gente tinha apenas um colchão e sentada chorando começou a reclamar, eu com 10 anos disse para ela ter calma, pois assim como já tínhamos começado do zero algumas vezes começaríamos de novo. Depois de bons anos naquela casa fomos morar na casa da dona Rayres Andreazzi, conhecida como dona Fifi, minha mãe trabalhava de empregada e com isso não pagávamos o aluguel. O pai da minha irmão voltou a morar conosco e nos mudamos para a Rua Nilo Peçanha, 47, perto do Clube da Terceira Idade, ficamos ali por pouco tempo, já que minha mãe conseguiu ganhar a nossa casa na Rua Salvador Scrocchio, 51, na Cohab 3. Foi ali que vimos minha mãe se despedir de nós...
Não é porque é minha mãe, mas para mim sempre foi uma guerreira, algumas vezes ouvia as pessoas dizer para ela na Rua Projeta 45, nº 180, no Solo Sagrado, (eu tinha uns 6 ou 7 anos): Diva, porque você não coloca seus filhos para adoção? A resposta sem pensar vinha rapidamente: Meus filhos não são cachorros.
Analfabeta ao extremo, só sabia desenhar seu nome, mesmo assim ensinou valores, talvez de forma não ortodoxa. Mas uma vez, eu tinha 5 anos, e estávamos nas Lojas Americanas do Calçadão em Rio Preto e eu comecei a chorar por um chocolate, sem dinheiro para comprar, ela pegou uma barra e colocou na sua bolsa, quando estávamos saindo um segurança nos parou e fomos para uma sala, jamais vou esquecer o tanto que minha mãe chorou. Naquele dia aprendi o que era amor por um filho e jamais mexer em algo que não fosse seu.
Tenho muita saudade de um Natal diferente, estávamos recolhendo recicláveis pelas ruas de Rio Preto, e chovia muito, estava minha irmã Janaína, Adriana e eu. Uma senhora nos convidou para entrar em sua casa e ganhamos roupa, comida e algumas doações.
Que saudade daquela pobreza. kkkkkk
Mas neste Dia das Mães especial quero homenagear algumas mães que tive depois que a dona Diva partiu para sua nova jornada....
Zeza, mãe da Maraísa e do Jefinho (nossa vizinha na Cohab 3); dona Jacyra Pães Marão; Fabiana de Mattos Mizziara que me permitiu ficar em sua casa por alguns anos depois que minha mãe partiu; a Bernadete, esposa do Zeca Bicicleta, mãe do Marcel e da Marcela; Lucimar Araújo, mãe do Bruno e mulher do Careca; professora Estela Contatore; minha eterna professora Sonia Montrezor, uma pena que nunca mais ouvi falar dela; Sebastiana Duarte de Palestina; dona maria, conhecida como Baica em Lagoa Grande do Maranhão; dona Cida, esposa do Antônio, de Pedro Canário-ES; dona Neusa de Palestina, uma grande mulher e um exemplo de mãe.
Jamais poderei retribuir tudo que um dia recebi dessas mulheres.
Obrigado por cada dia dedicado a mim.
Não sei como e quando será minha partida, mas onde estiver sempre me lembrarei de vocês.
Agradeço aos filhos dessas mulheres que me permitiram ser um pouco filho.
Feliz Dia das Mães!



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