25 de novembro de 2015

VOVÓ OU MALÉVOLA? Alunos de 8 e 10 anos dão aula para prefeita de Tanabi

Dias atrás estie na minha amada cidade Tanabi, e lá conversei com várias pessoas e um profissional da educação me contou uma história que me emocionou profundamente. Lógico que não posso entrar em detalhes para não prejudicar as pessoas envolvidas, ainda mais sabendo que na ante sala da Vovó da Barbie trabalha o viajante internacional João Paulo da Silveira ou Rei do Camarote.
Em uma determinada escola municipal de Tanabi, um aluno convidou sua professora para almoçar com ele, a resposta foi clara eu não estou com fome, mas obrigado. Como sempre os professores e diretores faziam esse ritual, um aluno mais 'avançado' explicou que o diretor proibiu os professores e funcionários de comerem a merenda servida pela prefeitura.
Depois de umas horas, o aluno procurou pelo (a) diretor (a) e questionou a proibição, com tom de indignação, com responsabilidade a pessoa explicou que a cidade estava passando por ajustes econômicos e que muitas despesas estavam sendo cortadas ou reduzidas para ajudar a pagar as contas. "É como seu pai faz em sua casa, quando o salário não dá", tentou justificar para a pessoa de apenas 8 anos.
Passando uns dias um aluno ofereceu três bolachas para a sua professora (em outra escola), e a resposta foi clara: "Não obrigado, não estou com fome". "Mas a senhora pode pode comer depois", insistiu o pequeno de 10 anos.
No outro dia em um intervalo, o aluno (a) conversou com o diretor (a) e perguntou se depois que ele ganhava alguma coisa a quem pertencia aquilo, "por exemplo, uma comida", exemplificou.
"Depois que você ganha é sua", respondeu.
"E eu posso fazer o que quiser com ela".
"Sim, lógico".
Ainda com formando a ideia emendou: "Se eu ganho uma bolacha e quero dar para a professora, porque o senhor (a) proibiu ela de comer? A bolacha é minha e eu faço o que quiser com ela".
Sem jeito a pessoa explicou que a ordem não era dele, mas sim uma norma da secretaria da Educação e Prefeitura para economizar as despesas.
No outro dia, a mesma criança apareceu na sala dos professores com um pacote de bolacha e já foi logo explicando que "essa aqui eu peguei na minha casa, foi comprada com o dinheiro dos meu pais e e que quero dar para minha professora".
Sinceramente de Vovó da Barbie, esta quase virando Malévola.

Um comentário:

  1. Situacao lamentavel e constragedora. Parabens pelo texto,reportagem muito boa, voce eh um fenomeno do jornalismo Juliao.

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